A ocupação regional foi a causa e a causadora das formas de organização sócio-espacial e econômica da população da APA. O contexto atual da região não pode ser compreendido tão somente em seu aspecto mais contemporâneo.
A forma como atualmente está estabelecida o uso e ocupação da terra ajuda a explicar o processo de estabelecimento dos assentamentos humanos na área e os diferentes níveis de degradação antrópica encontrados nas três macrozonas definidas pela OCT na APA, os Ecopolos I, II e III (Figura 3), o que resultou nas quatro últimas décadas na perda de mais de 35 mil hectares de florestas, o que representa 36,27% da área existente em 1970 (OCT, 2012), e na redução de 2 m³/s na vazão hídrica da bacia hidrográfica do Rio Juliana (30,3% da vazão média na década de 1960) segundo modelagens do monitoramento realizado pela Agência Nacional de Águas - ANA.
Os Ecopolos não são espaços isolados. Eles estão ligados por grandes laços de interdependência – os fluxos de vida (Solo, Recursos Hídricos, Fauna, Flora, Homem e seus negócios) da APA do Pratigi, que lhe dão unidade orgânica.
O primeiro e mais evidente deles é a água: o traçado da Área de Proteção Ambiental do Pratigi cobre as bacias hidrográficas dos rios Juliana, de Contas e das Almas, e as sub-bacias dos rios do Meio, do Peixe e do Buri, desde as suas nascentes até desaguarem no Estuário.
O segundo é o fluxo genético das espécies florestais de flora e fauna, sustentando a excepcional diversidade biológica da região. Apoiando-se nestes fluxos e dependendo deles, os seres humanos com os seus negócios atravessam (ainda precariamente) a APA por suas estradas, trilhas e rotas, trocando como podem cultura, conhecimento e riquezas.
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